sábado, 19 de setembro de 2009

Hold still

Whenever you have to go, go.
And when you've left, you've left.
Being here.
Here is left empty.
The room is empty. The city is empty.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Keepin(g)sane

Estou acostumada com a desordem. Sempre flertei com os aspectos anormais do mundo. Desde pequena me perguntava se era louca. Sentia-me diferente. Mas que criança não se sente. Cresci, vivi, e agora me pergunto: quantos graus me separam da loucura?

Até pouco tempo atrás bater os pés no chão era simplesmente isso, um extravazar de sentimentos e angústias. Mas agora...virou síndrome das pernas nervosas.
E que nome você dá para alguém que esquece muito as coisas? distraído, avoado?Não, não! Quando é muito novo tem DDA, quando é muito velho tem Alzheimer. E se alguém não esquece nada, nunca? É inteligente, um gênio até. Mas e se não esquece somente um único acontecimento, sofre de estresse pós-traumático...
Quantos graus me separam da loucura?

E uma pessoa que se preocupa demais com as coisas? É responsável? E que se preocupa demais a ponto de perder o sono e o apetite? É neurótico!

Como você chama alguém que gosta de tudo no seu lugar? Organizado? E alguém que sente falta de ar e tontura quando vê um quadro torto? Obsessivo conpulsivo!
Quantos graus me separam da loucura?

Que nome você dá para alguém que lê o jornal ao contrário? Autista?
E alguém que lê o jornal ao contrário, do ano contrário, de ponta cabeça, embaixo da mesa da cozinha?
Quantos graus me distanciam da loucura?

E aquele que imagina um mundo de fantasia e pessoas imaginárias? Escritor? Artista? Mas e quando passa a acreditar que é esse mundo é real?
Quantos graus me separam da loucura?

Será que realmente me importo com isso? Será que por não me importar sou louca? Como aliviar essa paranóia? Como você chama alguém...que não sabe se é louco?

Sempre lembro daquela brincadeira que dizia que todos os atores estão à até seis graus de separação do Kevin Bacon. Tal ator trabalhou em tal filme com outro ator que trabalhou com Kevin Bacon, sabe? Antes eu pensava que eu era um desses atores medíocres, a cinco ou seis graus de separação da insanidade, hoje em dia, tenho certeza, eu sou o Kevin Bacon, bem no olho do furação, bem no vórtex da loucura!

Sabe toda aquela história de cada louco com sua loucura? A maior balela! Nem isso nos deixam mais ter. Todo louco com as mesmas loucuras, diagnosticados, encaixotados.

No momento em que passamos a compartilhar as nossas pequenas insanidades vemos que estamos encrencados. A loucura é particular, individual, não pode ser copiada. Tem que vir de dentro com a ajuda da musa inspiradora. É uma mistura de criatividade com desrespeito, insolência e uma pitada de coragem!