Aqui vale tudo, todos os humores. e também vale sazonar. vale em todas as línguas, até a inventada. Aqui cabe tudo. eu, você, eles. e também os filmes, os livros, a música e a ciência. um bocadinho da nossa dieta onívora!
segunda-feira, 27 de abril de 2009
crença
domingo, 26 de abril de 2009
nas inconveniências
Arame farpado
Zênite
Ácido sulfúrico
pequenas coisas enormes
quinta-feira, 23 de abril de 2009
nos confins do mundo
quarta-feira, 22 de abril de 2009
quarta inconveniência
terça-feira, 21 de abril de 2009
terceira inconveniência
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Prisão de ventre
Ironia?
Psicossomática
sexta-feira, 17 de abril de 2009
entrelinhas
depois elas me assustaram.
um dia vi uma mentira lá.
depois fiquei confusa.
se organiza uma verdade,
se pensa numa mentira,
se transpõe uma dúvida?
aí, quis foi achar uma lupa!
quinta-feira, 16 de abril de 2009
segunda inconveniência
Laura era um camaleão perdido, sempre a procura de matizes nos olhos de homens míopes, que tropeçavam com cuidado em sua carne fraca, como se tudo fosse um acidente infeliz. Para Laura essa foi uma noite habitual de palpitações descabidas e ansiosas. Mas era o momento do cortejo em grupo, era a noite para os meninos exibirem seus violões, dos homens com suas caudas de pavões. Laura permaneceu em guarda do seu violão, dos seus sonhos, de seu homem sem calcanhares, de seu menino de imperfeições planejadas. Enquanto ele tocava, ela o fazia. Desenhava todos os contornos, sempre fora das linhas. Enquanto ele bebia, ela gemia gemidos imaginários, planejava discussões oníricas e amores irreais. E quanto mais bela a melodia ficava, mais Laura criava dramáticas tramas de traições e reconciliações e sentimentos profundos e destrutivos. Era assim que sempre achou os amores verdadeiros. Laura amou, sofreu, reconciliou, perdeu, se recuperou, enquanto Zé tocou três Chicos. Laura padeceu dores curtas e logo se perdeu novamente na floresta de homens, à espera de um novo padrão de cores para sua pele camuflada. Laura andava sempre em carne viva.
primeira inconveniência
Ele foi e Júlia ficou.
Ficou mentindo a dor da garganta que ela abafava com goles de cerveja. Ficou com a espera longa. A espera incerta. Ficou distraindo todos aqueles sentimentos que ela detestava entre risos e goles. Se sentia tão pequena, tão boba, com tantos sentimentos infantis difíceis de distrair. É que ele não me percebe como antes, pensava. Não me vê como antes, não no meio daquelas outras pessoas, daquelas outras conversas, daqueles outros espaços.
Foi quando Júlia viu que era naqueles outros espaços que ele morava. E a espera acabou. O namoro acabou. E o ciúme deu lugar à tristeza. Mas a tristeza encontrou alívio e isso bastou. E ele não acreditava na tristeza dela, nunca tinha visto seu desespero, nunca imaginava aquela dor. E se culpava com aquela sensação terrível de ter corroído tamanha pessoa. Mas o sorriso no rosto dela encontrou o alívio dele e foi isso que bastou.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
what?
barulhinho bom
a última nota
domingo, 12 de abril de 2009
O homem de meias
Primeiro eles se livraram dos sapatos, e dos cachecóis, e das luvas e das pesadas jaquetas de frio. Depois das blusas e dos cintos e das calças e da calcinha de renda e do sutiã de enchimento e da cueca de outdoor. Jogavam tudo o mais longe possível para não cederem ao impulso de colocar tudo novamente. Estavam nus. Ou quase isso. Ambos tiveram que parar. Ela quando ele tentou lhe tirar os brincos, ele quando ela atentou lhe puxar as meias.
-Mas, porque você não tira os brincos? Me sinto nua….
- E porque você não tira as meias? Eu sinto frio….
Ambos aceitaram as suas limitações e se deixaram levar e entrar onde queriam. Ele de meia, ela de brincos. Mas no meio do início de um papai e mamãe enlouquecido ela se deu ao luxo de pensar, enquanto ele metia. Ela, pela primeira vez, tentou entender sua própria timidez. Resolveu dar uma chance ao desconhecido e ficar completamente nua. Mas assim que acabou de tirar os brincos, ainda envergonhada, ela fez uma breve pausa e foi aí, nesse silêncio solitário, que ele gozou. Ali, em cima dela. E ela ficou lá, inerte, olhando para o teto, esperando um espasmo que não vinha, nua e sem brincos....enquanto ele, de pés aquecidos, roncava seu gozo vazio. Não há mesmo muito o que entender sobre o frio.
sábado, 11 de abril de 2009
querer
Não quero mais ouvir sua voz, nem ler suas palavras, nem sentir. Quero você fora daqui, mas você fica e sou eu que tenho que ir. E vou nesse passo minguado, nessa lentidão desafinada. Assombra alcança assola. Amanhã eu vou embora. Parece piada de mau gosto, um golpe rasteiro e baixo que me joga no chão e olha enquanto eu levanto de novo e de novo.
Ainda choro. Ainda me lembro da minha estupidez e da sua estupidez. Em todas as esquinas, em todo final de filme, ela acena.
Quero desfazer o não feito e, assim, poder liquidar o nó, desmanchar a fumaça, apagar o traço. Te afastar do centro e te deixar na borda, no canto mais longe, fora da tela. Naquele canto que eu nunca olho. Naquele lugar onde todos os detalhes são menosprezados, esquecidos, ordinários.
Foda-se o grito. Foda-se o sussurro. Foda-se o choro e os risos.
Náufrago
Maria e o beija-flor
De pernas pro ar
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Triângulos Líquidos
O dia começa e a luz marota do Sol da manhã passa pelas frestas da persiana.
Os pássaros cantam…. piu, piuuuupiu, piiiiiu.
O dia não poderia começar melhor. Hoje eu consigo ser zen! Hoje nada me irrita, nada vai me tirar do sério.
Vou dar aquela espreguiçada que falam que faz bem pra saúde…. relaxa, desestressa… vou viver bem mais! Tem que ser que nem gato, né? Era gato, ou cachorro? Cachorro espreguiça gostoso também…Será que rolar na grama de barriga pra cima tem o mesmo efeito? Tanto faz, vou tentar gato vai. Uhhmmmm, muito bom! Já me sinto energizada!
Hoje nada vai me tirar do sério. Nem a porcaria do relatório que tenho que entregar em 3 dias. Nem esse vizinho maldito que acha que minha janela é tela de cinema. Nem a mania insuportável de meus pais de….Não, não, não vou começar o dia assim. Respira fundo, começa de novo…
Vou dobrar toda a roupa de cama, dizem que disciplina faz bem, vou dobrar tudo em quadrados perfeitos e retângulos simétricos, estilo samurai. Será que isso é TOC? Pára garota! Sem hipocondria, sem pessimismo. Hoje vou ser zen!
Vamos lá então, vou ligar o rádio. Será que Bob Dylan atrapalha a concentração? Vai Mozart vai, não quero arriscar. Vou desenrolar meu yogamat rosa e começar minha ultra regular prática de yoga esporádica. Inspira………………………Expira………………..Presta atenção na respiração, só na respiração, no abdomên que expande e contrai. Abdomen, bah, tá mais pra espanta homem! Mas até que melhorou vai, nem comi chocolate ontem a noite, acordei beeem mais magra já!
Inspira…….Expira…………Foco, sente o ar pelas narinas. Ahhh agora tá ficando bom, to relaxando. Consegui, consegui relaxar! Maravilha! Consegui o que mesmo? Ah, relaxar, era isso. Estou relaxada, muito relaxada, na verdade to meio com sono. Será que pode bocejar no meio? Não, não, não quero bocejar….Ahhhhhhhhhhhhhhhh (bocejo de 10 segundos)…. P$D&5P*32…..Palavrão não! Nada zen, naaaada zen! tsc tsc tsc
Tudo bem, a base de tudo é o perdão e o amor. Vou me perdoar e começar de novo, falaram que não tem problema. É, não tem problema pq eles conseguem, aí é fácil….Não, não, sem ressentimento, sem mágoas. É só voltar.
Inspira…………..Expira…………….Inspira……………Expira…………..Será que?…..Que medinho….Será que tá rolando? Tá rolando!!!! Boa time! Beleza…
Agora vamos lá, exercício básico 1 de meditação. Escolhe uma figura geométrica simples e uma cor. Ahn, qual será que é mais fácil? Círculo? Não não, sem pontas é mais difícil, não tem referência. Triângulo, isso, 3 lados, 3 pontas, sem exageros! Agora a cor. Que cor? Ahn…. Azul não, relaxa muito. Amarelo? É cor de escritório…Branco? Isso, branco! Paz!
Ok triângulo branco, aí vamos nós!
Mas e aí, onde que eu tenho que imaginar esse triângulo? Ele tem bordas em negrito, é recheado ou só com linhas brancas? Vai recheado, bordas pretas, linhas brancas! uhhhm, borda recheada…Pizza! Fechô! Mais tarde…
Triângulo branco…. triângulo branco… triângulo branco….Mas fica parado vai! Tem que ser sólido, tem que parar de se mexer! Ficou vermelho! Ahhhhhhhhhhhhhh….Calma, volta! Triângulo branco…Mas círculo tá parecendo mais fácil. Será que pode mudar? Falaram que tem que persistir. Como eu sou promíscua, não consigo manter uma forma geométrica simples na mente por 1 min, quem dirá um relacionamento. Pára, não é a hora pra isso. A terapia é daqui 2 h. Volta.
Triângulo branco. Tô vendo. Tá triângulo, e tá branco. Boa time! Mas tá se mexendo muito. Fica estável, fica sólido, vai. Por favor?! ….Quanto tempo já faz que estou aqui? 20 min? Deixa eu ver pela fresta do olho….2 min?! Tá de brincadeira?!
Volta….Triângulo branco, recheado de branco, sólido, estável….Serenidade…Só existe eu e o triângulo, só isso. Mas epa, peraí…triângulo tá ficando trêmulo, tá sumindo, tá ficando líquido, tá virando água. Virou água branca. Tá inundando todo o meu terceiro olho. Que nonsense, já to sonhando será? Só vejo água. Pelo menos é branca, será que conta ponto? Socorro! Estou me afogando…falta de ar, falta ar, ar…Vou abrir os olhos! Não…você consegue!Inspira………Expira………..
Queridos amigos, vou poupá-los dos detalhes tragicômicos desse episódio. Só sei que quando voltei a mim estava imersa num trêmulo deserto amarelo, tentando evaporar toda aquela água lamacenta da minha empreitada meditativa.
Mas penso agora que era de se esperar que num mundo líquido até os triângulos venderiam a alma!
Homem Que Não É Homem
Sendo assim, o Chi-Fu, aquele restaurante tradicional chinês da Liberdade, é um desses lugares que HQEH não pisa nunca: é oriental e ainda por cima não tem talheres.
Mas fato é que o Chi-Fu é um restaurante sujinho, onde a toalha de mesa é engordurada e recomenda-se limpar, com seu próprio guardanapo, as cumbucas e os copos que serão utilizados durante a refeição.
As garçonetes, todas chinesas, são grossas e não compreendem nem falam direito a derradeira língua lusitana. Se falam, fingem (e muito bem) que não estão entendendo lhufas. O cardápio está escrito em chinês, mas para a tranqüilidade dos nossos estômagos, a maioria dos pratos tem tradução em português. Nem tente pedir os pratos sem tradução ou você vai ouvir “ Nô. Brasileiro nô.” A decoração, inusitada, é composta por aquários onde nadam os peixes, camarões, rãs e demais animais encontrados no cardápio. No final da orgia gastronômica, a mesma garçonete mal humorada vem empurrando um carrinho com duas daquelas bandejas brancas e sujas (parecidas com as de navios pesqueiros, sabe?) e joga todos os copos, pratos e restos de comida lá dentro.
Homem que não é homem come no Chi-Fu e não faz cara de nojo.
As 8 regras da Onivoria
2. Você nunca, jamais, fala sobre a Onivoria
3. Quando alguém gritar "pára!", ficar no chão ou desmaiar, a refeição acaba
4. Somente duas pessoas por refeição
5. Uma refeição de cada vez
6. Sem garfos, sem facas
7. As refeições duram o tempo que for necessário
8. Se for a sua primeira noite na Onivoria, você tem que comer!
quarta-feira, 8 de abril de 2009
boa time!
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Stricto sensu
No meu mundo imperfeito as crises existem e nessa hora eu não gosto de trabalhar. Não gooosto. Nesse meu mundo, as únicas formigas operárias são as saúvas que não me deixam quieta (em inglês: fire ants; em português: fogo no rabo; pra mim: fire ants behind).
Que culpa eu tenho? Quero tudo ao mesmo tempo ao mesmo tempo ao mesmo tempo em que talvez eu não queira nada. É tanto que a perna cansa. Vale dizer que o trabalho é intelectual e exige uma concentração daquelas, que, por sua vez, vai depender de um estado de espírito em crise, sem jamais esquecer que tenho um cérebro a mil, movido à cafeína, invariavelmente curioso e interessado. E foi assim, no meio da centésima crise, que eu me formei doutora em procrastinação. Tudo isso antes mesmo de acabar o mestrado. Genial, não? Vou descrever a especialidade, o capítulo um da tese...
Preciso construir uma função. Não, não é y=ax+b. Resumindo rapidinho é isso: usando uma linguagem de programação (juro!), tenho que informar ao programinha maldito o que ele tem que fazer. Escrevo um código concatenando várias informações para que ele, de uma vez só, me dê certos resultados. Lindo? Não! Inventei que iria fazer uma função que calcule a elasticidade dos elementos de uma matriz (matemática, hã). Para tanto, eu preciso dos autovalores e autovetores dela. Tá bom.
Caceta, onde eu fui me meter, que idéia de jerico. Autovalor e autovetor ou lavar a louça? Foco, garota, foco. Aquela louça nem está tão acumulada assim. Mexo no programa, descubro umas fórmulas, escrevo uns códigos que voltam sempre com uma mensagem de erro. Ironicamente o programa chama "R". Te obedeço, amigo, e erro.
Aí lembro que semana passada eu queria usar aquela blusa verde e não achei. Acho que preciso arrumar meu armário. E lá fui...pronto. 14h43 – um café e um cigarro e vou trabalhar. Sabe, hora redonda é sempre melhor pra começar, apesar de ser igual começar regime segunda-feira.
Crio minha matriz, ufa! É uma matriz 4x4 (vocês se lembram disso, né? número de linhas x número de colunas). Ótimo, autovalores resolvidos. Agora os autovetores. Problema!! Existe dois: o da esquerda e o da direita, e a minha matriz não é simétrica. Isso significa que eu tenho que fazer alguma coisa para achar o autovetor esquerdo. Procuro, abro livros, leio e nada.
Recebo um email. É de uma amiga que sabe do meu sofrimento e, muito gentilmente, me escreveu três palavras: Foco, mulé, foco. Respondo dizendo que o problema são as lentes multifocais que uso.
Óquei, e a matriz? Ta lá, feia que dói. Dizem que feiúra tem a ver com simetria e, sendo a bendita assimétrica, eu não consigo descobrir seu valor reprodutivo. É, gente, acreditem, o autovetor esquerdo dessa matriz representa seu valor reprodutivo. O dela deve ser baixíssimo, vai.
Vai, cérebro, concentra. Sabe o que iria me ajudar? Óculos. Você podia fazer outro, não acha? Já vai fazer um ano que você perdeu o antigo. Eu sei que o grau é baixinho, mas faz um ano que me esforço apertando seus olhos. Agora cansei e, por isso, eu tô aqui sofrendo, latejando pra chamar sua atenção.
Negocio umas pílulas e ganho uma hora de concentração. Mas continuo errando e me irrito porque o erre não me entende. Mas sabe quem me entende? O House, o médico ácido mais charmoso da TV. Começa em quinze minutos. Deixa só eu terminar de escrever isso aqui e voilá.
Viu só, PhD. Não falei? E, uau, eu fiz taaanta coisa!!
Eu tenho um amante
domingo, 5 de abril de 2009
Goleada do Timão
Defensora 1: Não tenho, não. Desculpe.
Atacante: E um beijinho?
Defensora 1: hihihihi. Eu tenho namorado. (defesa passiva padrão tipo 1)
Atacante: Oi tudo bem? Faz uma coisa, imagina que você está em uma ilha deserta, e nessa ilha tem um coqueiro, e em cima desse coqueiro tem um côco e esse côco cai lá de cima….rola?
Defensora 2: o côco rola, eu não! (defesa cobra delta tipo 26)
Atacante: Oi, tudo bem? Faz uma coisa, imagina uma montanha bem alta, e em cima dessa montanha tem uma bola muito grande que não estoura, aquelas tipo do Kiko do Chaves. E ela é jogada de lá de cima…..rola?
Defensora 3: a bola rola, eu não! (defesa cobra delta tipo 27)
Atacante: Oi linda, (beijo molhado na mão da vítima) posso te dar um beijo?
Defensora 4: Urgh, sai pra lá!!! (defesa enojada tipo 33)
Atacante: Oi querida, seu pai é hortifrutegranjeiro?
Defensora 5: Não, por quê?
Atacante: Como ele tem um chuchu desse em casa?
Defensora 5: Ahn? (defesa interrogativa tipo 7)
Atacante: Adorei sua blusa! Muito bonito esse tom de azul! Ahhh, o azul…. me lembra tantas coisas boas, o céu, o mar, a Jontex Sensitive... podíamos experimentar todas juntas…
Defensora 6: SLAPT!!!! (tapa na cara) (defesa agressiva sem noção tipo 66)
Atacante: Oi Paty, tudo bem, você teria um lápis de cor aí, ou um giz de cera?
Defensora 7: Não. Por quê?
Atacante: Pra gente deixar nossa amizade colorida!
Defensora 7: hahahahahahahahaha (defesa involuntária tipo 1)
A reviravolta
Atacante: Oi queridaaaaaaa! Ai que purpurinada você!!!
Defensora 8: Mesmo? Que demaisl! Adoro gays!! Vamos dançar então!
Atacante: Uhuuu (tunts tunts tunts). Vamos dançar mais juntinho, vou te ensinar uns passos da Madonnaaaaa.
Defensora 8: Uhuuu. Você tem certeza que não curte mulheres?
10 minutos de contra-ataque depois ……GOOOOLLLLL (gol contra tipo 69)
Atacante: Então, eu estava interessado nessa sua amiga, ela parece tão doce, é tão linda e segura. Curto mulheres independentes e inteligentes. Me apresenta ela?
Defensora 9: uhm, ela é legal mesmo, e muito bonita. Mas é que ….vou ver, já venho - um segundo depois - então, ela não está afim, mas a gente podia conversar melhor, você não acha?
Atacante: Uhmmm, não sei…. Pode ser vai....
20 minutos de contra-ataque depois……..GOOOOLLLLLLLLLL (gol blasé tipo 3)
Atacante: Oi tudo bem? Olha essa foto da minha namorada. Estamos juntos a 3 anos. Eu a amo taaanto! Nunca fui infiel. Ela é a mulher da minha vida!
Defensora 10: Ahn….é….que legal! Ela deve ser muito especial!
30 minutos de contra-ataque depois ….GOOOLLLLLLLLLLLLL (gol freudiano tipo 82)
Já dizia um professor que quem decide é o Leão, por isso o time da casa sempre vence de goleada!!!!
algumas cantadas retiradas do Xavequíadas, a maioria da vida….
A natureza humana (CUIDADO: texto com citações)
A inércia e o movimento
Na falta do Prozac
No Guaíba (AVISO: texto sem sarcasmo)
Onívoros Anônimos
Eu tenho um problema! Eu como!
Como tudo, devoro todos, degluto as vírgulas e os pontos. Não por preciosismo saramaguês, mas por estabanação e fome e desleixo. Afinal pontuação é que nem farol amarelo e hoje em dia ninguém mais pára pra digerir as vírgulas. Já segurei alguns com exclamações, mas agora tem que vir em três senão todo mundo passa reto!!!
Nasci com 36 dentes na boca. Nunca tive medo do cru nem do cozido, só de ler Lévi-Strauss. Eu faço parte de um grupo, e a gente come sem pensar, porque já dizia um grande amigo cumpadre ‘pensar é estar doente dos olhos’ aí outro compadre disse ‘ não penso logo não existo’, e se não existo posso comer o que quiser que não vou engordar!!!
A gente come tudo, com a boca da cara e aquela que sai pelo meio do tórax estilo Alien. A gente engole até barata, não só porque Clarice recomenda, mas porque se é ela que tá na frente na hora do aperto vai ela mesmo. Um dia até virei barata, mas como não tinha lido o livro até o final não soube me portar, muitas gafes de etiqueta!!!
Temos estômago de avestruz com gastrite, digere até exoesqueleto. A gente come maçã com casca, goiaba bichada, enfia a cara na laranja e mistura banana frita na feijoada. A gente come gente! Homem cru, mulher assada...até comprei um George Forman!!!
Não temos tabus pra orientar o medo, a gente vai tateando, pegando e engolindo. A gente come com a boca do estômago e leva soco depois. A gente chupa a lágrima e lambe o sangue. A gente engole sapo aposemático só pra saber quem está mentindo. A gente passa muuuuuito mal!!! Indigestão, congestão, constipação...E a farmácia 24h não entrega em casa!!!
A gente come pelas razões certas e erradas. Conheci um cara que não tinha apetite, mas comia mesmo assim com medo de passar fome. Outro cara não comia peixe porque tinha medo do mar. Uma grande amiga já até comeu um ovo.... com a galinha dentro.... ou uma galinha com o ovo dentro, ela não conseguia lembrar!
Somos insanos e famintos. A gente come e vai nadar, mistura manga com leite e coca-cola com mentos, come carne vermelha na Páscoa e porco no Ramadã. A gente devora vários ismos: achismo, nutricionismo, vegetarianismo, cientificismo, racismo, reducionismo, machismo, feminismo. A gente come pra destruir e pra criar!!! A gente caça que nem lobo, e rumina, e regurgita e alimenta os filhotes. A gente come o húmus com a minhoca pra ver se cresce. E chora lágrimas de crocodilo só pra comer o bicho depois. Somos selvagens!!!
Outro dia devorei a felicidade toda de uma tacada só, mas não tinha feito back-up. Me fodi!!! Tive que começar tudo de novo!!! Mas se Vinicius já disse que `é melhor viver do que ser feliz´, quem sou eu pra discordar?
Eu faço parte de um grupo...Sou onívora! E não quero parar!
Um dia me contaram que o onívoro tinha um dilema, aí comi o dilema e o onívoro e fui deitar.
Porque como já dizia outro grande amigo cumpadre:
“deeeeeeeeixa o menino brincar”!!!!!!!!!
(01), pedindo pra entrar....
O homem de cavanhaque e a mulher de cabelo curto
sábado, 4 de abril de 2009
isso
quinta-feira, 2 de abril de 2009
gênero feminino
Amiga 1 convida amiga 2 pra ir ao cinema, já que a endorfina da corrida não foi o suficiente. Rir, preciso disso. Vamos então.
E lá fomos para mais um filme com ou sem açúcar. Gênero feminino.
...
Milk-shake de ovomaltine do Bob’s? fechô!
...
Amiga1: um milk-shake de ovomaltine, por favor.
Funcionário do mês em potencial: com calda?
Amiga1: calda? Agora vem com calda? Qual é o sorvete?
Funcionário do mês em potencial: calda de chocolate.
Amiga1: Não, vai ficar muito doce com chocolate.
Funcionário do mês em potencial: vocês querem de chocolate?
Amiga2: Baunilha. Sorvete de baunilha.
Funcionário do mês em potencial: e a calda?
Amiga1: quê?
Funcionário do mês em potencial: tem esse da máquina, mas vocês também podem estar pedindo o sorvete com leite, é especial.
Amiga2: hein? Não. Milk-shake de ovomaltine tradicional. O clássico, por favor.
Funcionário do mês em potencial: Deu R$14,20.
Pago. Jesus Crisis esse preço, hein? Espera e, pronto, lá estavam dois milk-shakes em cima do balcão.
Se as duas estão falando com o funcionário do mês em potencial é porque cada uma quer um, não é? É, é...
Que raios! O cara entendeu dois. Esse vai virar funcionário do mês, maior número de vendas – tudo em dobro!
Mas, afinal, se ele não tá tão a fim de você melhor que sejam dois, mesmo!
Pêésse: O filme é... tudo aquilo que a gente já sabe e vive fazendo e repetindo e refazendo. Quem quer faz acontecer e pronto. Entendeu agora?
Não existe um tímido que deixe de ligar por vergonha. Ele liga e engasga, fica gago, perde a fala. Não existe traumatizado que não arrisque uma ligação. Aquele cagão com medo de se envolver, idem. Vale para todos os outros, espécimes do mesmo gênero. Garotas, parem de inventar justificativas e motivos esdrúxulos para aceitar o engano, a ligação perdida entre o caso da amiga da prima e a verdade gritante in your face.
E agora, entendeu?
Não existe regra. Sozinha e feliz, casada e feliz, namorando para suprir a carência vazia diária e infeliz, se apaixonando por todos que aparecem e dão atenção e infeliz (e desesperada e esperançosa e vítima do próprio otimismo), casado porque era isso que eu tinha que fazer e infeliz (e idiota).
Você é a regra até virar a exceção de alguém. Ou vice-versa com as cartas embaralhadas porque se o valete de paus encontrar a dama de copas é truco, tá? Não existe regra porque quem ditou as regras não ligou no dia seguinte.
E aí, entendeu? Vai parar de repetir?
Não. Repete o cinza meio azul grafite, por favor...
Maçã (01) e Laranja-lima (02) – e ninguém pediu pra sair, ainda...
for breakfast
A Croácia é vertical, sim, assim como as organelas se flexionam.
E existe uma fila pra acordar e eu já peguei minha senha. Sorte que é começo de mês e o banco tá lotado. 2 horas de snooze, oba!
é isso. não venha me chacoalhar de manhã ou você pode acabar ouvindo uma dessas.
é bom. começo o dia rindo!
Deixa o snooze na minha barriga, então.