As pessoas de Maritéia são, na sua maior parte, maior mesmo, pessoas normais; são gente. Mas há uma parcela diminuta da população que constitui algo diferente, algo meio que poético num corpo de gente. À primeira vista, e talvez sempre que avistados, é impossível diferenciar um ser gente de um ser poético.
Eles, os poetis, são homens nascidos bastardos e sem sexo. Os óvulos de suas mães são fertilizados por um mel especial, que só existe em Maritéia. Esses homens são como as abelhas operárias que vivem em prol da reprodução alheia, da entidade maior, da rainha. Eles vivem pelas fantasias alheias, pelos amores que não podem sentir, pelo êxtase que só pode ser descrito em palavras e sentido na mente. Penetrando, sem pedir licença, na mente das mulheres, eles são voyeurs do pensamento e é dessa forma ideal que fazem amor.
to be continued...
(zeroum e zerodois)
Nenhum comentário:
Postar um comentário