Me casei muito cedo, mal saída dos 17. Como a maioria dos casamentos da minha geração fui uma união arranjada desde a tenra idade de 10 anos. Vários encontros foram forjados pelas famílias envolvidas, para confundir a mente e fabricar sentimentos confusos. Quando alcancei a idade certa já acreditava que meu marido era realmente o amor da minha vida. Foi um casamento imerso em pompas e parentes. Fiz o que qualquer moça de respeito faria e assentei na vida de dona de casa que as mulheres casadas são incentivadas a levar. Respeitava meu marido e a minha cultura, e desenvolvi uma forma de amá-lo. Mas depois de sofrer um aborto, após 5 anos de casada, comecei a reconsiderar minhas opções. Ele nunca descobriu nada, e logo em seguida engravidei de novo. Dessa vez nasceu um menino, forte e brincalhão. Desde meus 15 anos já flertava com outro homem. Alto, forte, bonito e inteligente, mas estava prometida, meus pais nunca iriam aceitar. Era um amor proibido! Muitos anos depois ele reapareceu na minha vida e cedemos aos vapores da paixão. Começamos um caso tórrido, que meu marido parece ignorar. Ignora toda a nova felicidade que transparece, toda a paixão e a carne que treme, e finge não entender os sorrisos bobos e aleatórios. Não temos mais relações, só burocráticas, protocolares. Não nos falamos de manhã, nem nos olhamos ao deitar. Somos fantasmas em planos distintos. Mas tomei uma decisão. Não importam as consequências, vou deixá-lo! Assim que meu filho estiver grandinho, vou embora. Vou largar meu marido pelo meu amante assim que meu pequeno fizer 18 anos! Vou largar a Ciência pela Arte, assim que terminar meu mestrado!
ai ai ai! capisco!
ResponderExcluirmas vc vai parir. zigoto ontem, gástrula hoje, e amanhã...
a vida nos provém de uma miríade de amores... uns fugazes, uns profundos, uns na crista da onda, outros no fundo do baú. achei em princípio que o academarido seria um excelente provedor instrumental - casa, comida e roupa lavada. o amante teve que se volatilizar. curiosamente passou a ocupar espaços menores, um processo de difusão que o levou à onipresença. o amante está em cada caco, cada dobra de suvaco, joelho, bafo azedo da manhã, lágrima, cadernos, pincéis e papéis avulsos. o marido me condensa na sala de extração, entre clevengers e soxhlets, sempre que quero fugir... ali não posso ser volátil.
ResponderExcluirtem horas que o amante vira o oficial
ResponderExcluirUm bando de mal comidas
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ResponderExcluirPara o Ned eu digo: Se existem mulheres mal comidas é porque existem homens que não sabem comê-las. E certamente você é um deles.
ResponderExcluirQuanto ao post... a vida é uma só e precisamos ser felizes porque só temos uma chance! Não espero por isso ou por aquilo, apenas faça o que você tem no seu coração. Amores arrebatadores são ótimos e nos fazem muito bem, bem ao ego, bem a imaginação, bem ao corpo e a alma. Be happy!
Felicidades.
eu tenho um amante tb é muito bom
ResponderExcluirÉ, as vezes na vida nos acontecem coisas q ñ sabemos explicar.... Viva o hj e deixe q o amanhã chegue sem medo!!!
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