Não quero mais ouvir sua voz, nem ler suas palavras, nem sentir. Quero você fora daqui, mas você fica e sou eu que tenho que ir. E vou nesse passo minguado, nessa lentidão desafinada. Assombra alcança assola. Amanhã eu vou embora. Parece piada de mau gosto, um golpe rasteiro e baixo que me joga no chão e olha enquanto eu levanto de novo e de novo.
Ainda choro. Ainda me lembro da minha estupidez e da sua estupidez. Em todas as esquinas, em todo final de filme, ela acena.
Quero desfazer o não feito e, assim, poder liquidar o nó, desmanchar a fumaça, apagar o traço. Te afastar do centro e te deixar na borda, no canto mais longe, fora da tela. Naquele canto que eu nunca olho. Naquele lugar onde todos os detalhes são menosprezados, esquecidos, ordinários.
Foda-se o grito. Foda-se o sussurro. Foda-se o choro e os risos.
Aqui vale tudo, todos os humores. e também vale sazonar. vale em todas as línguas, até a inventada. Aqui cabe tudo. eu, você, eles. e também os filmes, os livros, a música e a ciência. um bocadinho da nossa dieta onívora!
sábado, 11 de abril de 2009
querer
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